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Câncer de Mama e Outubro Rosa: a imagem mostra a ilustração de uma silhueta com os seios representados por duas bolas de cristal, significando que o corpo mostra sinais do futuro, que não devem ser ignorados.

Você conhece as principais informações sobre o Câncer de Mama?

O Câncer de Mama é o segundo tipo de tumor mais frequente em mulheres no mundo e no Brasil, e quando detectado de maneira precoce tem porcentagens altíssimas de cura. A mamografia é capaz de descobrir tumores na etapa inicial, quando a probabilidade de cura é estimada em 95%, e é por isso que é importante fazer o exame.

Mas além disso, quais são os fatores de risco para o Câncer de Mama? Existem formas de diminuir o risco de desenvolver a doença? O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece tratamento gratuito? 

Entenda mais sobre a doença:

 

O que é Câncer de Mama?

Quando existe uma multiplicação desordenada de células nos seios, um tumor se forma. O Câncer de Mama pode ser de vários tipos, alguns com progressão lenta e outros mais agressivos. 
O tipo do Câncer de Mama depende de onde ele surgiu, e se ele se disseminou ou não para outras partes do tecido mamário. 
É por isso que a identificação precoce é tão importante, garantindo taxas de cura acima de 90%.

 

Sinais que podem indicar Câncer de Mama:

infográfico sobre Câncer de Mama: a imagem é uma ilustração com 8 possíveis sinais que podem indicar a presença da doença

1. Dor no seio ou na axila;

2. Alterações na pele da mama, como ondulações ou áreas com textura que parece casca de laranja;

3. Mamas que ficaram de tamanhos diferentes uma da outra;

4. Secreção de líquido anormal das mamas;

5. Mamilos com aparência diferente do comum ou que ficaram de tamanhos diferentes de uma hora para outra;

6. Nódulos na mama ou nas axilas, geralmente indolores, com formato irregular ao toque e que não parecem maleáveis;

7. Coloração diferente da aréola ou alergia no mamilo;

8. Inchaço na axila ou na área abaixo da clavícula.
 

É sempre válido lembrar que é normal as mamas serem diferentes entre si, assim como os mamilos e aréolas. Os sinais de atenção valem para quando essa alteração de tamanho ocorre repentinamente, depois do corpo estar plenamente desenvolvido, que ocorre, geralmente, após os 20 anos. 

 

Câncer de Mama: fatores de risco

As campanhas de Outubro Rosa costumam abordar apenas o Câncer de Mama feminino, mas isso não exclui o fato de que ele também pode acontecer em homens. Contudo, o número de casos é bem pequeno, com estimativa de que para cada homem diagnosticado com Câncer de Mama existem 100 mulheres diagnosticadas.

Os hormônios femininos são um grande fator de influência, principalmente em casos de menstruação precoce e gestação após os 30 anos.

O fator mais influente para aumentar riscos de desenvolver o Câncer de Mama é o histórico de câncer na família, principalmente de Câncer de Mama.

Existem três grupos de fatores de risco: comportamentais, hormonais e genéticos. Não praticar exercícios físicos, conviver com exposição a raios X e exagerar no consumo de bebidas alcoólicas são os fatores comportamentais mais conhecidos.

Possuir histórico de câncer na família, de mama ou de ovário, e possuir alteração nos genes BRCA1 e BRCA2 são os fatores genéticos que podem aumentar o risco de que a pessoa desenvolva Câncer de Mama. 

Com um exame genético é possível mapear se essas mutações estão presentes, e foi o resultado positivo para mutação em um dos genes que incentivou a atriz Angelina Jolie a fazer uma mastectomia preventiva. No caso dela, o risco de desenvolver Câncer de Mama era de mais de 80%, e após a cirurgia caiu para 5%. 

Há também os fatores hormonais, e os principais incluem primeira menstruação antes dos 12 anos, primeira gravidez após os 30 anos e reposição hormonal após a menopausa.

 

Para que serve o autoexame?

É possível que em algum momento da vida a mulher note a presença de nódulos nos seios. As variações hormonais podem criar essas alterações, e é por isso que o autoexame é uma forma de conhecer o corpo, a ponto de identificar quando algo foge do que é normal no seu corpo.

Com o autoexame você pode encontrar nódulos que podem ser fibroadenomas, que são tumores benignos, ou seja, que não têm potencial para se tornar câncer. Eles costumam aparecer em mulheres com menos de 30 anos ou que tenham feito alguma cirurgia nos seios. Eles são facilmente palpáveis, móveis e possuem um contorno bem definido.

Ainda que o autoexame seja uma forma de conhecer o próprio corpo, e notar quando algo está errado, a única forma de confirmar se um tumor é câncer, ou detectar precocemente, é através do diagnóstico médico. Por isso, as visitas regulares ao ginecologista não devem ser ignoradas, mesmo que você acredite que nada de anormal está acontecendo.

 

Mamografia: o exame capaz de detectar nódulos que não aparecem no exame de toque

A recomendação do Ministério da Saúde é a de que mulheres entre 50 e 69 anos devem realizar mamografia de rastreamento a cada dois anos. 

Contudo, existem entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), que recomendam o exame anual a partir dos 40 anos. 

Os fatores de risco genéticos podem determinar de forma mais precisa qual é a idade mais indicada para iniciar o acompanhamento, e a decisão deve ser tomada a partir da avaliação do seu histórico pelo(a) médico(a) ginecologista.

A mamografia é o único exame que permite descobrir tumores em fase inicial, do tipo que não são notados com o toque. Essa descoberta precoce significa que a probabilidade de cura é de 95%.

O exame é feito gratuitamente pelo SUS, e está dentro da cobertura dos planos de saúde.

>>> Saiba mais sobre: Como é o Tratamento para Câncer de Mama

 

Câncer de Mama: o Sistema Único de Saúde (SUS) cobre os gastos do tratamento?

Existe uma portaria que assegura a cobertura do custo do tratamento para pacientes com diagnóstico de Câncer de Mama, e existem centros de tratamento especializados no país. No site do INCA você pode consultar quais cidades contam com esses centros, de acordo com o seu estado.

Basta clicar em onde tratar pelo SUS.

Qualquer problema na hora de buscar tratamento pode ser registrado na Ouvidoria do SUS, e se necessário, você pode entrar com processo contra o Estado. Para isso, é possível usar de forma gratuita os serviços da Defensoria Pública.

Para entender o que é a defensoria, como funciona e qual o endereço de cada um dependendo do estado confira no post do Portal EBC.

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