A calvície, e principalmente a calvície precoce, é um dos assunto que mais preocupa os brasileiros. Segundo a Sociedade Brasileira do Cabelo, 42 milhões de pessoas sofrem com queda de cabelo no país.

E essa queda vem afetando as pessoas cada vez mais cedo, já que aproximadamente 25% dos jovens entre 20 e 25 anos apresentam algum grau de calvície. Essa queda pode afetar diretamente a autoestima, mas é possível amenizar o quadro enquanto o grau de calvície for leve ou moderado. Por isso, entenda os tipos e as causas da calvície:

 

O que é a calvície?

A calvície, também conhecida como alopecia (termo médico), é caracterizada pela redução parcial ou total de cabelos, ou a ausência de pelos em uma determinada área da pele. Ela é mais perceptível no couro cabeludo, mas pode ocorrer em qualquer parte do corpo que haja pelos. 

Normalmente, perdemos em média de 100 a 150 fios de cabelo por dia. Isso faz parte do ciclo natural dos fios que consiste em três etapas: crescimento, repouso e queda. Então, sim, é normal perder cabelos, e o chumaço que cai no box durante o banho nem sempre é algo para se preocupar! 

A queda só vira um problema, tanto para homens quanto para mulheres, quando percebe-se que o número de fios que se perde é muito maior, ou quando começam a surgir falhas no couro cabeludo. Esses podem ser alguns indícios de princípio de calvície, que possui vários tipos, cada um com sua causa específica. Conheça 3 dos principais:

 

Alopecia androgenética ou calvície de padrão masculino

Também conhecida popularmente como a “calvície hereditária”, a alopecia androgenética manifesta-se diferente em homens e mulheres. Uma das principais causas deste tipo de calvície nos homens, é a conversão do hormônio testosterona em dihidrotestosterona (DHT). Ele age no folículo capilar, contribuindo para que o fio se torne mais fino e fraco, até parar de crescer. 

Uma de suas principais causas é o fator hereditário, mas ela pode ser causada por questões hormonais, sendo essa a principal causa nas mulheres, em que a gravidez e menopausa fazem aumentar o fluxo de queda.

A alopecia androgenética caracteriza-se, em homens, pela queda de cabelos na coroa e na área frontal do couro cabeludo formando as “entradas”. 
Já nas mulheres, poucos são os casos em que podem se ver as entradas e ela se manifesta por diminuição dos fios na parte superior da cabeça, com diferentes graus de queda.

Alopecia areata

Esse tipo de calvície é caracterizado pela perda repentina de cabelo em uma área particular, que logo cresce de volta em alguns meses. A causa desse tipo pode estar relacionada com uma desordem auto-imune, mas o motivo exato ainda é desconhecido.

 

Alopecia tóxica ou calvície tóxica

Caracterizada pela perda de cabelo temporária, a alopecia tóxica pode acontecer após doenças graves e febre alta, ou pelo consumo de medicamentos que contenham altas doses de vitamina A, tálio e retinóides. 
O pós-parto também pode desencadear esse tipo de calvície.

A idade também é um fator importante no desenvolvimento da calvície, tendo em vista que, na velhice, o crescimento do cabelo tende a ser mais lento e até mesmo parar. Entretanto, dados recentes vêm chamando a atenção de especialistas por apontarem uma grande quantidade de jovens que apresentam calvície precoce.

 

Jovens e a calvície precoce

Além da predisposição genética, existem 3 motivos principais que podem vir a desencadear a calvície precoce:

 

Uso de Medicamentos

Alguns medicamentos, como os contraceptivos, ansiolíticos, os indicados para tratamento de acne e anabolizantes influenciam na queda do cabelo. Isso porque esses tipos de fármacos causam alterações hormonais ou atuam no sistema nervoso central do indivíduo.

Mas calma aí! Apesar dos efeitos colaterais desses medicamentos, não é recomendável a suspensão deles repentinamente. Busque por orientação e converse com um profissional, seja antes de utilizar a medicação, seja na hora de suspendê-la.

 

Dietas não saudáveis

Segundo dados divulgados pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano passado, cerca de 55% dos jovens se alimentam mal, sendo que 42% deles costumam comer hambúrgueres e/ou embutidos e 43% costumam consumir biscoitos recheados, doces e guloseimas. 

A falta de vitaminas interfere no desempenho do organismo e, inclusive, na saúde capilar. Isso porque o crescimento de fios fortes e saudáveis depende do fornecimentos de determinados nutrientes. 

Proteínas, vitaminas, cobre, ferro e zinco são alguns dos nutrientes que devem estar presentes na dieta. Assim, não só os fios ficarão mais resistentes, como o seu organismo também ficará.

 

Estresse

Estresse e problemas emocionais são dois dos principais responsáveis pelo aumento da queda capilar, e podem desencadear a calvície precoce. O novo relatório do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes apresentou os alunos brasileiros entre os que ficam mais estressados durante os estudos (56% relataram o problema). 

Além disso, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking dos países que possuem mais jovens ansiosos (81% dos jovens). Esses problemas relacionados ao emocional e estresse contínuo liberam altas taxas do hormônio cortisol no organismo, e desencadeiam diversos desequilíbrios na saúde, inclusive dos cabelos. 

Mas calma, o cortisol não é de todo ruim.

>>> Entenda a importância do cortisol para o bom funcionamento do corpo <<<

Hábitos como manter uma rotina de exercícios físicos e alimentação saudável podem auxiliar na diminuição do estresse, por exemplo. O tratamento psicológico e/ou psiquiátrico também é importante para garantir a saúde mental.

Além disso, deve-se priorizar uma boa noite de sono, tendo em vista que noites mal dormidas e/ou a insônia também influenciam no aumento do cortisol – o hormônio do estresse. 

>>> Se você sofre com insônia, entenda o que pode estar causando distúrbios do sono <<<
 

É importante buscar também um conselho profissional, conversando com profissionais como psicólogos e/ou psiquiatras, afinal assim como o nosso corpo, nossa mente precisa de atenção.

 

Se a calvície precoce está interferindo na sua qualidade de vida, existem alguns tratamentos clínicos e cirúrgicos disponíveis. Mas antes de ir em busca desse tipo de solução, o ideal é que você faça exames de sangue para checar a sua saúde, e encontrar os focos de desequilíbrio.

 

Após os resultados, uma nutricionista pode auxiliar a repor o que o seu organismo precisa, indicando suplementos que vão acelerar essa reposição. Além do nutricionista, um dermatologista ou um tricologista – profissional especializado no diagnóstico e cura de doenças capilares, podem ser importantes na busca pelo tratamento da calvície, principalmente a precoce.

Como a saúde do corpo influencia a saúde capilar, confira 6 dicas para equilibrar seu organismo: